terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

As armas sedutoras do Webjornalismo

Diante da expansão do jornalismo on line, no qual os textos impressos passaram a ser adaptados ao ambiente digital, surgiu a necessidade de sintetizá-los ainda mais, só de que uma forma evoluida - aproveitando as potencialidades que a rede nos oferece, podemos construir novos modelos narrativos, de forma criativa, multilinear e multimídia. Nesse atual estágio de produção jornalística para a Web, é possível cativar efetivamente a atenção do internauta e criar uma linguagem própria para esta prática, utilizando-se das seguintes características: multimidialidade/convergência, interatividade, hipertextualidade, personalização, memória e instantaneidade do acesso. Seguem a seguir alguns exemplos:

1. Multimidialidade/ Convergência
O site de dicas gastronômicas e roteiros de viagem, Matraqueando utiliza-se desta modalidade do webjornalismo, pois além dos textos, são empregados recursos visuais e sonoros, a fim de ilustrar, atrair e complementar a informação que foi dada. Abaixo, podemos notar a presença de vídeo e podcast, respectivamente:


2. Interatividade

No portal Guia da Semana percebemos que o leitor também faz parte da construção jornalística. Por meio do compartilhamento das notícias em redes sociais e da participação em fóruns, os usuários também podem fazer seus comentários, enviar dicas, perguntas e sugestões a respeito das matérias que foram postadas.



A navegação pelo hipertexto e notícias recebidas via celular também podem ser consideradas situações interativas, assim como as informações "suitadas" (ex.: Saiba mais, Fique por Dentro). Encontramos esses exemplos no site do MSN e da revista VEJA:



3. Hipertextualidade

Uma das características marcantes do webjornalismo é a possibilidade de acessar rapidamente diferentes ângulos e percepções sobre um mesmo tema através de hiperlinks. Caracterizada por ligar uma notícia a uma coordenada ou até mesmo a outro site que contenham informações complementares, a hipertextualidade traduz a dinâmica dessa nova forma de fazer jornalismo. Podemos observar isso no site da revista Capricho e da editora Abril:


4. Personalização

Essa opção confere ao internauta moldar-se ao ciberespaço de uma maneira mais individualizada, permitindo a configuração das páginas virtuais de acordo com suas preferências e interesses. O Google News é um ótimo exemplo, pois seus usuários podem escolher entre nove idiomas - inclusive colocar mais de uma na mesma página -, a posição de suas seções preferidas, o número de manchetes desejadas e selecionar notícias por palavra-chave (tudo em função de melhorar o acesso à informação). Websites como MSN e iG também permitem a customização de seus conteúdos, através da mudança de cor, tamanho da fonte e da transformação do portal em homepage.



5. Memória
Eis aqui o elemento diferencial do webjornalismo, que pode ser guardado indefinidamente. Segundo Palácios, essa forma de acumulação de dados é mais viável técnica e economicamente que em outras mídias, pois para fazer uma retrospectiva e ver aquivos passados, basta um click, já que não demanda deslocamento, tempo e papel, no caso da necessidade de uma pesquisa em revistas, jornais ou documentos antigos. Em portais de notícia, como o Diário do Nordeste, um dos conteúdos mais acessados é o banco de dados - a notícia de ontem - , no qual oferece resultados de buscas pré-estabelecidas por datas ou palavras-chave das edições anteriores.

6. Atualização Contínua do Material Informativo

Esse recurso torna rápida tanto a produção quanto a disponibilização da notícia na rede. Com a agilidade na atualização de conteúdos, o leitor passa a acompanhar um acontecimento em tempo real, podendo receber a cada instante o seu desenvolvimento. No site do iG, por exemplo, temos acesso a cada lance de um determinado jogo, além das "Últimas Notícias" com instantaneidade, possibilitando interatividade, através do compartilhamento e da correção de informações pelo seu usuário.

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