As novas mídias e os velhos modos

Esperar até o dia seguinte para obter mais notícias sobre o que acontece no mundo já é coisa do passado. Antes, o jornalismo não contava com recursos de hoje e as notícias eram produzidas com um espaço de tempo mais longo. O uso da Web veio para revolucionar o modo de fazer jornalismo não só no Brasil, mas globalmente. Fazer uso dos recursos que a Internet disponibiliza para produzir um jornalismo em tempo real com aderência de novas ferramentas, como o Twitter, os blogs e os sites de relacionamento e os de veiculação de vídeos, gera o que chamamos de jornalismo on-line.

O jornalismo tradicional, por não fazer uso da junção entre as antigas e as novas mídias e por não oferecer a mesma instantaneidade no fluxo de informações, perde espaço, já que não apresenta os mesmos elementos de sedução que o jornalismo inserido na Web. O processo de construção das notícias no jornalismo tradicional acontece de forma bem mais lenta que no jornalismo on-line. Essa dificuldade em acompanhar o ritmo de veiculação de notícias em páginas eletrônicas ou redes sociais faz com que, cada vez mais, as pessoas procurem os meios disponibilizados na Web como principais fontes de informação.

           

Todos os recursos ofertados pela Web permitem que o internauta também gere notícias, seja nos comentários que acrescentem algum dado novo ou até mesmo com o envio de pequenos textos ou vídeos com conteúdo de denúncia, por exemplo. O ato de inserir o receptor na produção de informação ganhou força com a consolidação da Web como meio de difundir notícias de todo o mundo. Essa contribuição é chamada “Jornalismo colaborativo”.

           

As mudanças advindas com o uso da Web não mudaram apenas o modo de fazer jornalismo, mas mudaram também o pensamento e os anseios dos receptores das informações geradas. Os leitores, telespectadores e ouvintes ficaram mais exigentes. Agora, a informação tem que ser gerada com um intervalo bem menor de tempo, as notícias exigem atualização a cada novo dado acrescentado ao assunto e o uso de apenas um recurso midiático por vez não é mais suficiente.

           

Jornais e meios de comunicação investem em mídias on-line e em construção de portais para reunir as novas ferramentas com o objetivo de fidelizar e informar o leitor com a maior rapidez possível. Um bom exemplo é o jornal Folha de São Paulo, considerado o primeiro jornal em tempo real e com uma das maiores circulações do país.